11 de jun. de 2007





apaga o que acaba em voz baixa e sem graça disfarça olhos de cachaça
transferindo a desgraça como rodapé que encaixa em qualquer lugar

resto evidente e imperfeito que não ultrapassa a metáfora,
certeza crivada de impressões construídas 
de idéias erradas e adornos de nada

mancha que em cima da cama descansa 
passado inato, presente largado, legado borrado 
deixado em calça rasgada no bolso de trás

caminhando calado ladeira abaixo
depois de sentado no cerne da questão:

o som da palavra errada é mais alto e vulgar
o som da palavra errada é mais alto e voraz