28 de set. de 2007

one bus




pensamentos passageiros 
feito fobias que pulam das janelas



aditivos auditivos ou música para ouvidos agressivos





me afundei nas bocas sabor lingerie 
que desfocam e repetem o passado 









suicidio de parágrafo





se eu me quebrar pelos olhos 
e o barulho lhe afogar com esses pedaços 
sujando o rosto, a camisa e as mãos, 
te proponho a colher os sonhos plantados:
cactus que nem a sede matam.



21 de set. de 2007

temporada aberta de têmpora colada por suor no púbis





beijos que combinam
como prelúdio de gozo mútuo,

sexy como umbigos invertidos
pelos pubianos que engulo com gosto
agarram na garganta e me tossem

os pés femininos continuam lindos 
como o riso de janeiro

corta azar



figura distante, 
semblante umidificado
feito boceta ou será maquiagem?
nenhum:
-choro de bocejos

20/09/2007




convenciona sentimento em atos
e pensamentos em palavras
que a gente quer ouvir, mas a boca teima

ela tem péssimas caras de chegada e de saída
o sorriso só dura a estadia

ausência intensa na freqüência de quem não começa
quero que você me trate bem até que eu te esqueça






11 de jun. de 2007





apaga o que acaba em voz baixa e sem graça disfarça olhos de cachaça
transferindo a desgraça como rodapé que encaixa em qualquer lugar

resto evidente e imperfeito que não ultrapassa a metáfora,
certeza crivada de impressões construídas 
de idéias erradas e adornos de nada

mancha que em cima da cama descansa 
passado inato, presente largado, legado borrado 
deixado em calça rasgada no bolso de trás

caminhando calado ladeira abaixo
depois de sentado no cerne da questão:

o som da palavra errada é mais alto e vulgar
o som da palavra errada é mais alto e voraz




Bad-tropeiro-upskirt-caviar-pussy


Sirenes, agito social. 
o som que adrenaliza e empalidece 

sonhos  destruídos e suspiros 
da donzela  amarrada 
após o coito interrompido
em cima dos trilhos 


today is lsday

10 de mai. de 2007







vontades ocas são manifestadas em mordidas exageradas e mãos trêmulas pela falta de qualquer coisa que agrade à carne. manifesto anti-altruísta contra a vaidade de benfeitor perdido entre as mazelas geradas pelo excesso de umidade da boca afogada em saliva e turva pelos olhos cheio de água.









tire os sapatos sem desamarrar com a força do pé oposto. 

outro dia com o desgosto de cigarros amargos 
e abortos sobrenaturais 

de idéias desperdiçadas por falta de materialização em papéis.
me fazem falta as canetas que ainda não são fabricadas 
em países de terceiro mundo

minha lua minguada no céu da boca 
arde em aftas cadentes e em azia desfeita 
que desvia de ataques imaginários.

paranóia pouca é esquizofrenia-ligth média 5:
0 de verdade, 100 de intenção.



como envelhecer








dias chuvosos e cachorros

levam humanos para banhos de sol.

entregar-se à vitória é uma derrota?


4 de mai. de 2007





sem chance ou intenção de tolerar
conversas de bar nem opiniões de vadias
destrato a rotina que intimida,
mas nunca faz barulho nem sentido.

cortesia refletida nas caras treinadas
e comovidas pelo café que gera
estômago embrulhado em palha de milho
e ansiedade à beira do precipício.






31 de mar. de 2007

trocar insatisfação e subjetividades alheias para andar tal qual tu anda pois mãos dadas enlaçam, envelhecem e enforcam. entre o dever cumprido e a bula cápsulas frascos tampas pelo chão falta espontanêa em pena e a cabeça intata sob a tranquilidade inócua das chaves na porta.

21 de mar. de 2007

vontade é o dobro do que eu tenho no bolso; uma subida constante; um soluço reconhecido em cartório; e saudades promissórias

25 de fev. de 2007

(meshonytchoteuthis hamiltonis)

dissuadir da idéia de dissipar frankzappanianamente entre as idéias repetidas e difundir o convite para o bolero terrível: desafiar hábitos

monólogo e vocativo

indeciso entre ser convencido e o típico caso de suicidio que eu me identifico:
quanto tempo perdido preciso pra isso fazer sentido?
-desistam

19 de fev. de 2007

³ adjetivos amenos

ignora o semblante

que adora

e afaga

e ataca,

:autonomia cercada de esquinas constituídas de cimento e eufemismo.

-cotidiano de adjetivos amenos e vício.

14 de fev. de 2007

sinto segurança ao guiar por via de dúvida

idas e vidas findam e o ontem idem

extinção ou outras opções

nos condicionamos ao comum maquiado de aceitável-individualizado ou somos condicionados

vodka derrota

espere porte de copo que sua em meio aos avulsos penso em quantos algarismos numeram vontades imediatistas que frio sentem

torrencial

passar interessado em seu relógio biológico te distrái e os atrativos corrompem
a mente não linear rascunha sem pauta como letras redondas e os narizem escorris

vaidade de benfeitor

imitar alguém liberto de valores perversos e deixar sinceridade nua sem refletir - o que o outro sente quando pensa que precisa de ajuda - é estender sua mão para sí

conspiratória na terceira do plural

de madrugada o subversivo veio à tona compreendido entre várias formas de não se ver e obrigações por tempo determinado, e sem notar arrepende-se (como se a insônia exorcisasse o dia)
-a proibição não aproximou o indivíduo dos seus iguais.

la birinta

-antes ou depois do banho? ela: depois é melhor. eu: vai lá que estou aqui. ela:com você? eu: claro. >banho<

5 de fev. de 2007

etc. e afins

nada é mais maleável que a verdade

offeriado

tempo ilusão em flor da pele primavera que incendeia rastejando entre as pedras no caminho
bronzeado cinza no constante dia a dia

whores for fold

sem papo em período refratário

4 de fev. de 2007

egologias em rumo

saber se virar com o tempo que tem é vantagem de quem notou que não há nada a se preocupar durante a espera que parece angústia de convés à pique de tudo aquilo que o após reserva na beira de madrugadas insones contra a cabeça em custódia que anseia noite adentro como se o sono atentasse contra a cama

31 de jan. de 2007

certidão

escrotidão de nascimento em vigor sem prévia de fim como suor destilado em bílis

26 de jan. de 2007

33° segundo

são só os corpos que querem se enganar-acomodar em prazer numa volúpia fugaz vulgar
e mesmo as tetas que não me permitem acesso admitem interesse em passivo desdém mal disfarçado

tu pode me derrubar

divergir é um querer que grita e me agita e o que seria a vida sem morde morde sufoca embaixo do céu que sibila e esconde algo sutil hostil e perdida pintada de ontem feito fosse nada presenteava qualquer com amor entre as pernas rosadas macias como um túmulo ideal - pisam me quatro seios

foda seu próximo como gostaria de ser fodido

é a cabeça, às vezes inimiga de qualquer vontade expressa em auto sabotagem: indício de covardia intensa - sem se dar conta de que a imagem externa fica impressa na areia a mercê de olho-vivo e opinião alheia
essa que se flagela em desprazer proposital, desvanecer vontades e incrementos bestiais aos quais acorrentada sem precedentes em consumismo p
ioneiro
as coisas estão sempre no caminho e sempre há algo que precisa ser feito ou caso contrário te riscam do mapa


insegurança :

grande caso se irritar com pouco, criar padrões de postura desejada e expectativa em pessoas diferentes que se ofendem à toa e desconfiar e acreditar em fofoca alheia. (existe própria?) falta respeito e tempo entre posicionamentos direitos e esquerdos.

ambient depress

belissimas palavras vazias, constante interferir liberdade alheia felicidade e quantas verdades deixadas pra trás entre ideologias que só duram o tempo da estadia em tudo que se diz com a boca do momento
ilusões de ótica que é de nem deus achar como embevecer e descer as tangentes das escadas caracolizadas sem ajuda alguma na concretização do amor em atos de corações em pedaços independente de quem esteja presente amor ilhado no passado é frágil todo amor é volátil

haja hoje

nada que a conveniência ensine pode ser usado por vós que assim seja e que a magia aconteça

contos loucos de ralégria

pensei em sol:
-e ai?
-pouco importa o que faz de quem quer que eu seja; desprezo!
e disse ele:
-não ouvi e não gostei.
>o som da palavra errada é mais alto e voraz<

25 de jan. de 2007

10:30 you're in

atores ruins atrás de emoções honestas geram expressões funestas e acrílicas em retumbantes curvas esféricas

veja-du

desafiar o senso de razão já lesado pelos meios de idiotização ainda não aposentados pelas boas maneiras de entretenimentos idiossincráticos e cretinocratas ilusões em mudanças que envolvam finanças

aluguel de almas

ouça meu sorriso ao morrer enforcado no telefone sem fio

22 de jan. de 2007

expressão do inexprimivel

inenarrável acontece ao engasgar-se com o ar que alimenta como um vício mas agora te censura entre as batidas sem ritmo numa última e desesperada tentativa de agarrar-se à vida que despede com um abraço de saída

fuga 3 em sí menor

a miséria é uma borboleta presa do lado de dentro da janela chocando-se contra o empecilho invisível que a impede de alcançar a plenitude contida na visão da liberdade

18 de jan. de 2007

animais não devem se portar como humanos

céu liquefeito em marteladas desconsideráveis pela visível falta de mira ou ritmo de dentro da gaiola com teto de céu pintado em papel aluminio

extrema unção para um overdrive amador

tenho algo contra a forma geométrica da armação dos óculos das pessoas que eu não gosto

premieré ejaculation du quote

epilogo quotidiano crivado de diamantes cultivados com luxúria e gel lubrificante

tabboom

blue moon blue mood sentimetal mud


segredos do caminho da mão esquerda

gritos de despenco de andares pares e o gosto de terra molhada por chuva de gotas grandes que secam ao bater no asfalto quente como lágrima doce de sede caindo na contramão inglesa de duas faixas e placas de é proibido ultrapassar

tributo ao oposto

todos valentes pelos genes mas incapazes de pensar por opção e agora libertos por falta de provas pela acusação de assassinato dos meus amigos imaginários
não houve velório nem velas mas há quem exija um toque zen portanto imposição de lótus

the rise of the silver sofist

respirando vivo e já é tarde estou cansado de fechar os olhos quando o melhor começa me entedio
repetição constante:
sutil
suicidio
outrem

17 de jan. de 2007

impar ou impar

impassivel jardim de envergar amores em banquetes no céu que de noite acorda e sibila indócil como espasmo e morde a língua até sangrar e doce dorme amamentando-se em comensal-suicidio compulsivo

background por tras

entre falsetes dublados você pode ser qualquer música em outra dimensão - características barangas já vem com adjetivos etiquetados: doe montanhas

18.90

fraco e banal como alguém que se esquece de ligar o alarme enquanto a indecisão é tomada à plenos pulmões no início de cada frase como um soluço incontido em pensamento enquanto a fome autovaloriza aos custos de humor equilibrado na beira do muro com vontade de pular

apelidos putos

como se sentem as cadeiras ajoelhadas aos pés da mesa em constante mesura de forçada hierarquia velada em profundo silêncio e desejo por chances além do alcance de braços imóveis
aguardam bundas alheias

15 de jan. de 2007

vaidade marcada

soldados de alcaçuz destilam gafes no atacado e morrem em tréguas-desfile nas anáguas que escorrem buracos silenciosa tortura que emancipa lágrimas coloridas ensaiadas com a mão errada

ex critório

suor tatuado na testa como constante em equação de óleos e olhos cansados no decorrer e decorar a própria cela com papel crepom ao afogar as palpebras em café como exorcismo sutil desafivelando cintos de segurança quando a paciência suicida clama por eutanásia na cama

dreamscapes

sonho sutil meia luz penumbra imóvel como pesadelo em 3x4 preto e preto

pense duas vezes idéias de terceiros

senhas e segredos mantidos em manuntenção constante mentidos e desmembrados em fardos pesados mas tão fácil aceitamos opiniões vazias

zzzZZZ

as montanhas escondem coqueiros bidimensionais nas esquinas de barganhas e modas vistas através de mentiras eloquentes que arrepiam a nuca como carinho e água fria

os mesmos labels

viciado em corredores de emancipar cordilheiras por acreditar em beiradas quando não há onde segurar, passamos pela vida digerindo doses cavalares de mesmice, mas o som da palavra errada é mais alto e voraz

para belém só

coração escondido na manga procura a mesma chance das cidades que descobri entre favores indevidos e sussurros contidos em palavras que não escuto bem, mas sempre dizem o que não quero ouvir
por todo dia que vira ontem e emancipa o amanhã precipitado entre pensamentos que fixam pés doídos e se assentam preocupados até a morte ébria onde todo sentir é um doer dissimulado sob o mesmo sol

12 de jan. de 2007

secretárias eletronicas constrangem

eis aqui o que me aflige, serei tão claro quanto a esfinge - as sensações são uma parede e a poesia vai por cima

11 de jan. de 2007

divideculparacompactaramargura

nonsenseschoolingme

ensaio pra pensamento errado

diplomatizar verdades advindas do acaso etílico por interesse alheio e curiosidades sorrateiras compartilhadas por olhos que gesticulam sussurros aos pés do travesseiro

ego-fragmentos na 1ª do plural


me indago ao mascar aftas de uva que pensamos por espelhos e logo vejo indagação alguma, mas começar é um bom começo.