26 de jul. de 2006
25/11/02

25/11/02
acordei sem sono antes das 8 para baixo do chuveiro:
água sabão xampu água creme e enxágua -minha primeira atitude consciente aprovada pelo conselho capilar brasileiro- me seco e vou me drogar: cafeína e vários litros de oxigênio involuntário. vestindo barba rala e camiseta amarrotada saio de casa. na rua nomes me identificam e o sol me esquenta. eu vejo um atropelamento, um balaio de humanos, propagandas e muitos personagens. e penso se somos nossas ficções materializadas pelo desejo e credibilizadas por nós mesmos.
18 de jul. de 2006
Foot fingers sharped nails
enquanto o sexo de donzelas é instigado por gentileza dinheiro e mentiras
eu espero minha chance nela.
enquanto atuais amores perecem no tempo e gemem sussurros na cama
eu espero minha chance nela.
toda essa espera ilustra o vulto
desse corpo cavernoso que primatamente procura
desse corpo cavernoso que primatamente procura
rechear as pernas de todas as cores femininas.

se o silêncio que me julga
não jogasse tantas pedras em minha jugular
não jogasse tantas pedras em minha jugular
por oferenda ao sentimento presente,
a impertinente vontade
de deixar o momento passar
se concretizaria durante a espera.
a impertinente vontade
de deixar o momento passar
se concretizaria durante a espera.
se esses olhos que me fitam por segundos
se mirassem uns nos outros,
poderiam ver a beleza
em compartilhar mundos de mentiras
e me deixariam em paz
com minhas tentativas.
se mirassem uns nos outros,
poderiam ver a beleza
em compartilhar mundos de mentiras
e me deixariam em paz
com minhas tentativas.
Sonhos Turvos
todo aquele tempo à espera do melhor momento
desperdiçado com palavras recheadas de deixar passar
por medo ou ficar pensando demais
já não me incomoda mais.
todas aquelas bocas que por timidez deixei de estuprar
por vergonha ou sanidade me sussurram em sonhos turvos
e eu vou de encontro às paredes da cidade
bulimicamente vomitando palavras de ressaca
recheadas de emoções disfarçadas
atrás de um nariz de palhaço
me mesclando à multidão à espera do acaso.
recheadas de emoções disfarçadas
atrás de um nariz de palhaço
me mesclando à multidão à espera do acaso.
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